Em uma época esquecida, digamos assim, que ao
cometermos algo errado e sermos repreendidos pelos nossos pais ou por alguém de
moral firme, como um policial, um padre, um pastor ou um senhor de idade
qualquer, por termos pegado no que é alheio, surgia rapidamente o rubor nas
faces causadas pela vergonha.
A chamada “vergonha na cara...”.
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Alguém pode se questionar o que seria isso,
em um contexto que impera na atualidade a falta de tal sentimento; então eis o
que o dicionário nos diz sobre esse substantivo feminino:
1. Pejo de ação feita contra o decoro, contra a decência;
2. Rubor nas faces causado pelo pejo;
3. Timidez, acanhamento;
4. Ato indecoroso;
5. Receio de desonra.
Bem, definições não resolvem essas questões
de falta de moral, pois isto é algo que está intimamente ligado a cada um de
nós. Já que todo mundo faz, porque eu deveria fazer o contrário? Isso nos é
conveniente ou vantajoso.
Então, “se
é bom para mim, tudo bem, está certo, tudo as mil maravilhas”. E o que a
nossa consciência nos diz sobre o bem dos que estão em nossa volta?
– Hum...!
– Faça-me favor, não venha banca o bom
samaritano, kkkkkkk...
– E o que sua mãe, seu pai, seus filhos e
netos iriam pensar sobre esse comportamento tão baixo?
– Não importa o que eles pensam, afinal de
contas, estou fazendo isso por eles...
Nesse momento a consciência já está
totalmente corrompida pelo relativismo dos interesses, das vantagens, das
utilidades em prol de si mesmo. A consciência agora está na esfera das
inversões de valores.
A falta de essência moral vence a guerra, o
descrédito é crédito no grande investimento da corrupção, as injustiças no
campo pessoal e social são aperfeiçoadas como requisitos para sobreviver nessa
vocação de ter e o ser ficando cada vez mais esquecido, os maus governam e
ficam poderosos e a espécie rara que ainda insistem em praticar a honestidade
padece, padece tanto a esmorecer.
Que vergonha na cara é não fazer o que todo
mundo faz, vergonha é ser honesto e cumprir com os seus deveres.
Contundo, tenhamos sempre em mente: “A
escolha será sempre uma escolha entre dois caminhos ou algo”.
Portanto, o que haveremos de escolher será
uma decisão que nos trará consequências “boas”
ou “ruins”, seja você quem for. Se
for para ter vergonha na cara, que seja por não ter vergonha de serem honestos
amigos e amigas GUAMAREENSES.
Lenilson Fonsêca
– De minha autoria – 20 de abril de 2016 às 00:17 hs
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